Minha razão

Olá!!
Criei esse espaço para postar subjetivações subjetivantes do sujeito que sou!
Filosofia, psicologia, educação.

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Notas reflexivas

Encontrar pequenas notas e tentar compreender o que elas me ensinavam. Coisas do tipo:

Autopoético como algo que produz a si a partir de uma lógica interna.

Emergente no sentido que aparece no todo não sendo propriedade que existia nas partes ou nos componentes individuais.

Auto-organização e emergência - auto-manutenção e auto-reprodução - de baixo para cima e das partes para o todo; de cima para baixo e do todo para as partes.

Mente e consciência são processos e não coisas.

O processo de cognição é o processo da vida.

Se não for integrado não rola, então é preciso trabalharmo-nos como uma unidade integrada; uma unidade complexa e contraditória. Algo difícil de assimilar por mentes tão cartesianamente formadas, mas algo possível de compreender pela vivência de uma pedagogia da unidade em si mesmo. Integrando o conhecedor e o conhecimento no curso da ação do aprender e desenvolver. São os dois lados de uma moeda

A comunicação é a coordenação de comportamentos entre organismos vivos. A linguagem é quando chega num nível da abstração tal que possibilita a comunicação simbólica. O símbolo é como uma ferramenta efetiva para a coordenação mútua de ações.

Ok! Eu me lembro de quando escrevi essa notas. Eu estava estudando Francisco Varela. Só não lembro quando e de qual texto parti.

 

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Um rio que se abre e flui

O que me impede de fluir?, pergunta Ana Michaela na roda de trabalho sobre si.
Vamos observar nossa luta, nossas relações de poder. Vamos expressar o dominador e o dominado.
E força no movimento!!

Então, colocando força no movimento, vejo que não aguento mais essa luta dual e aprisionante do dominador e do dominado, e me movimento para a liberdade. E me liberto e danço livre, de um polo a outro polo e, a partir dai, encontro meu centro.

Finaliza a vivência e vamos ao grupo de quatro compartilhar. E lá no grupo encontro a dor. A primeira parceira traz a dor que o corpo sente por um vírus não totalmente debelado. As outras duas trazem as dores do corpo maduro, aquele que de tanto andar sobre a terra já carrega algumas dores. E eu, então, conecto com dores no corpo e, conversando sobre dor, dominador e dominado, chegamos ao seguinte resumo grupal.

A dor.
A dor paralisa.
Mas eu tenho o convite ao movimento.
Então, venço a dor e movimento meu corpo.
O corpo domina a dor.
O movimento liberta a dor.
No jogo de poder do dominador e do dominado.
O movimento domina a dor e liberta a dor.
Dominador, libertador.

Esse post veio abrir o marcardor Río Abierto no meu blog. 
O rio aberto que tudo abre, que tudo leva, que tudo transforma.
Ao transformar abre nossos espaços.
Permite que, dando passos, eu abra espaços.
Eu já pude trazer aqui para o blog o Rio Aberto, mas não explicitamente.
O fato é que esse ano resolvi voltar às rodas de movimento com mais frequência e me vejo mobilizada nesse todo desse grande grupo, que agora está conseguindo se encontrar mais frequentemente, pois a pandemia nos aproximou. Alegria de estar e ser em um grupo forte e transformador do ser. Alegria de poder evoluir junto com um Río.

Somos os mesmos. Estamos na mesma. Ainda que sejamos absolutamente singulares, estamos nesse grande Todo da Vida na Terra.
E estamos aqui em vida para nos ajudarmos mutuamente.
O tempo do guru passou e agora o mestre está dissolvido nas escolas, que serão nossas mestras e mestras de nossos descendentes.
Os últimos gurus estão velhinhos e logo irão passar, mas as escolas que construíram no tempo oportuno não passarão. E nós seremos os passarinhos que iremos flutuar na vida e bebericar as gotas desses saberes que ficaram todos disponíveis após a passagem dos Mestres pela vida.
Nossos mestres nos deixaram as escolas e elas se fazem com grupos. Grupos são a unidade na diversidade. Nunca seremos homogêneos, nem devemos. Somos a integração da diversidade necessária à unidade. E somos aqueles que guardarão a responsabilidade de manter o saber vivo, respeitando suas raízes profundas e suas ramagens que mudam em cada estação.

Saúdo esse Río, esse rio, essa abertura, esse fluxo.
Lugar onde aprendi a arrumar minha casa para ganhar espaços.
Alinhar meus saberes para ajudar, ajudando-me.

Muito amor, Grande Rio!
Muito amor, Maria Adela Palcos! Gratidão por seu saber, sua prática e sua canalização.
Muito amor, Susana Milderman! Sei que também preciso te reverenciar como mestra!
Muito amor, Rio Aberto brasileiro. Sinto-me parte de sua raiz e força!
Sou grata, muito grata!