Minha razão

Olá!!
Criei esse espaço para postar subjetivações subjetivantes do sujeito que sou!
Filosofia, psicologia, educação.

domingo, 9 de fevereiro de 2020

Uma base para um apanhado geral

       Desde 1989 trilho um caminho ao lado da Biocibernética Bucal. É um caminho árduo, pois é feito ao lado de um saber e fazer marginal. A BCB não tem reconhecimentos científicos em certas comunidades e é tratada como senso comum questionável e pouco provável. Além disso, no meio desse caminho, mais ou menos em 2009, meu parceiro odontólogo achou por bem investir em outros focos, em outros caminhos, que não o da Biocibernética Bucal. Foi estudar implante, ortodontia e DTM.  Dentre outras, sentiu que seus colegas desse caminho marginal falavam muito em outras escolas também marginais, mas não falavam dos avanços odontológicos que a BCB carecia e do diálogo que ela deveria ativar com a odontologia mais convencional que também apontava aberturas para o entendimento do lugar da boca no todo do corpo. Porém, mesmo que me companheiro tenha feito essa opção, eu continuei caminhando um tanto biociberneta, pois quando vou com a psicologia deixo de ser marginal e passo a ser essencial nessa senda. Assim, sempre continuei intrigada e continuei estudando ecologia, mesmo depois de publicar a Biocibernética Bucal em Verso e Prosa em 2012.
       Mário Baldani sugeria que nós lêssemos TUDO e segui esse conselho. Obviamente ainda não li tudo, mas li muito desde então. São 30 anos que venho lendo e lendo e sempre ampliando o tudo que pode ser o TODO que Mário Baldani nos sugeriu de leitura para compreender a Biocibernética.
       Ano passado foi um ano em que muito pude ler e pouco escrevi. Como alterei meu sistema de trabalho, consegui mais tempo para investir em estudos necessários ao avanço nesse saber. Então, esse ano posso produzir muitos textos com base nessa leitura feita e vou aceitar o desafio de expor esses saberes aqui mais à miúde. Foi um ano que consegui ler sobre o humano, sobre o tempo, sobre o espaço, sobre o dentro, sobre o fora, sobre o de cima e sobre o de baixo. Sobre saúde, educação e espiritualidade. Sobre corpo e psiquismo. Li muita ciência e li também obras que integram ciência com outras linguagens.
       Ler filosofia, arte, ciência, espiritualidade e política, que são cinco vias de expressão do saber e que podem ser compreendidas como os cinco dedos da mão que produz nossa vida aqui nessa Terra e que perpassam a complexidade necessária à compreensão da biocibernética, é a ação necessária à conquista desse saber e consolidam um grau de formação, uma curva de aprendizagem em biocibernética.
       Assim, esse tanto lido em 2019 merece um apanhado geral, contribuindo com o avanço desse caminho marginal à odontologia, mas essencial à psicologia e outras ciências da saúde e da educação. Noto que não podemos mais adiar a apropriação de um saber essencial por todos nós, seres humanos. As chaves que nos livram da prisão são até óbvias, mas são reiteradamente camufladas, distorcidas, invalidadas. Mas quando assumirmos que é na ação que conseguimos a melhor relação com essas chaves, todo dia vai ser um dia bom para compartilhar chaves com pessoas que poderão colocar em prática e em ação os códigos que são abertos por essas chaves que nos livram da prisão.  Lembro que a prisão tem relação com a cela, que é a célula que aprisionou o plasma, o espírito livre. (Vide filme)
       Um apanhado geral pode levar mais de um ano para ser feito, mas ele tem que começar em um ponto ou momento. Vou começar, então, com W. Reich e algumas coisas que ele nos lembrou sobre os estudos e trabalhos com a bioenergética, que obviamente tem relação e afinidade com a biocibernética. Primeiro, que temos que ser científicos, senão seremos desarticulados muito rapidamente em nossas fragilidades. Depois, que temos que compreender que vivemos sobre três pilares: amor, conhecimento e trabalho. Todos esses três precisam ser livres e circular em igual proporção entre todos. E, por fim, compreender que trabalho é harmonização de todas as funções necessárias para a garantia de nossa sobrevivência enquanto espécie, afirmando que TODOS somos da mesma espécie e que, portanto temos direito ao trabalho e à qualificação para tal.
       Vamos perceber que, no apanhado geral, Reich nos brinda com três elementos (o que faz dele um pensador triádico) que estão simbolizados em três centros de inteligência: coração, cabeça e ventre, respectivamente. Assim, lembro que uma das chaves é harmonizar esses três centros em cada ser singular (quem quiser que assuma o seu) e também no ser coletivo da humanidade, que é o que  resulta dos muitos singulares que alcançaram isso. Bora começar! Se materializarmos a circulação do conhecimento que qualifica o trabalho e o garante para todos e cada um de nós, o amor ficará livre, irá circular e irá sustentar todo o sistema. Assim de simples. É por isso que os detentores do poder, do capital e da força de produção não querem colaborar. Não querem a liberdade e o usufruto da energia por todos e cada um de nós, pois assim eles perdem seus privilégios de seres detentores de energia de vida, de bioenergia. A primeira prisão é a prisão da bio-energia e do desrespeito à bio-lógica.
      
        

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