Minha razão

Olá!!
Criei esse espaço para postar subjetivações subjetivantes do sujeito que sou!
Filosofia, psicologia, educação.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Psicologia Como Ciência

       Como é impossível eu colocar aqui, em poucas palavras, a advento da psicologia como ciência na modernidade, digo que essa filha da filosofia clássica grega teve que romper com sua maternidade em nome do cientificismo. Nesse momento a psicologia passa a seguir sua madrasta, a ciência natural. Ao renegar sua origem, renega também o sujeito e toda a sua dimensão subjetiva. Para elevar-se ao status de Ciência a psicologia precisou buscar aquilo no humano que fosse verificável, previsível, mensurável, padronizável e, com isso, ficou só com uma dimensão nossa, o comportamento. Abandonou a consciência, as contradições do inconsciente (apesar de Freud, apesar de Jung) e abandonou também o sujeito concreto, o singular que acabou sendo assassinado pelo estruturalismo.
       Na minha formação acadêmica eu conheci tudo como parte de uma ciência comportamental: a aprendizagem, o desenvolvimento, os relacionamentos, as motivações, etc. Tudo era compreendido por meio das pesquisas científicas verificáveis e, portanto, eram como peças de uma mecânica que precisava de óleo em um ou outro lugar para "funcionar".
       E participei de um curso que trabalhava tudo em fragmentos, a começar pelos departamentos da faculdade, pois meus professores mal falavam uns com os outros, nunca sonhavam com projetos integrados e, inclusive, muitas vezes, competiam pela verdade e acabavam brigando. A clínica estava num departamento, a educação noutro, o trabalho noutro, a pesquisa experimental noutro, enfim, tudo compartimentalizado e alienado um do outro.
       Até que conheci, em 1995, meu professor Fernando Luis González Rey. Assim que ele chegou de Cuba para trabalhar no Brasil, escolhi ser sua aluna. E com ele pude expressar: "ufa!! até que enfim alguém que entende o ser humano como um todo integrado e que, mais que isso, tem uma proposta teórica e metodológica para trabalhar essa integração".
       E esse é o primeiro capítulo de meu encontro com a teoria da subjetividade: existe luz no fim do túnel!!!

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