Uma das teorias que escolhi para orientar minha produção de conhecimento é a teoria da subjetividade cultural-histórica, de Fernando Luis González Rey, psicólogo cubano que teve a ousadia de pensar uma forma de integração dos fragmentos de nossa psicologia científica moderna.
Na verdade preciso que ir falando de sua teoria aos poucos, pois é um pensamento complexo, que precisa compreensão da cada uma das suas categorias, sem perder de vista o todo do pensamento. Assim, vou aprofundar cada uma em uma postagem específica.
Importante esclarecer que nessa teoria a subjetividade é um sistema que concebe como complementares aspectos que foram colocados como antagônicos pelo pensamento dicotômico. Esses aspectos são, em verdade, unidades de nossa multiplicidade humana. Em outras palavras, o inconsciente não exclui o consciente, a racionalidade não exclui a irracionalidade, o passado histórico e o momento presente, as marcas simbólicas da cultura e as emoções não compreendidos como unidades em tensão dialógica, não em dicotomização excludente.
O mais interessante nessa ideia é que, com ela, respeitamos o caráter irracional e emocional do ser humano e todas as questões eminentemente humanas passam a ser compreendidas a partir da subjetividade. É uma ontologia que diferencia esse animal antropológico de outros exclusivamente biológicos.
Isso é assunto delicioso, que vou transformar em capítulos aqui nesse blog.
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