Minha razão

Olá!!
Criei esse espaço para postar subjetivações subjetivantes do sujeito que sou!
Filosofia, psicologia, educação.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Na página de uma agenda

A página é dia 06 de janeiro de 2009, terça-feira, segunda semana do ano.
As notas são daquelas que eu ia passando a limpo, de agenda em agenda. Não sei de que ano são ...
E não são ideias minhas. São ideias que encontrei pelo caminho, de autores que agora eu desconheço e que por alguma razão gostei e registrei para não perdê-las.
Mas, vendo o teor das notas, lembro do livro "A Nuvem do Não Saber", que pego agora na estante. E, ao pegar, constato a autoria do livro: Anônimo do século XIV. O livro foi publicado pela Vozes, de Petrópolis. Nossa edição é de 2007.

Assim, com esse espírito anônimo de um século remoto, digito meus escritos no papel, que não são de minha autoria, e que são, com certeza, de mais de um autor:

"Quem quiser experimentar a contemplação perfeita
 terá que perder a consciência do seu próprio ser."

" ... é mais difícil lidar com o conhecer do que com o não conhecer."

"- o comprimento da boca é sua eternidade;  
  - o seu amor é a sua largura;
  - o seu poder é a sua altura
  - e a sua sabedoria é a sua profundidade."

"Sê tu apenas a madeira e seja Ele o carpinteiro.
Sê tu apenas a casa e seja Ele o feitor que nela habita.
Enquanto isso torna-te cego e elimina todo o desejo de saber,
 que será mais um impedimento do que uma ajuda."

Fecho aspas!
Ele ... quem é Ele?
E o conhecimento? Que é?
Madeira e carpinteiro, material e motor, conteúdo e forma. A madeira é o conteúdo, continente e o carpinteiro faz a forma. Forma e função. Conteúdo, forma e função.
Qual a função?
O que faz funcionar?
Tantas questões.
Precisamos responder?

Como as notas lembraram o livro, o pego nesse momento para, com sua ajuda, fechar este post.
E abro em uma página qualquer ...
Sente só ...
Capítulo XXIII
"De como Deus intervém espiritualmente em favor daqueles que, por estarem ocupados em amá-Lo, não se defendem a si mesmos, nem provêem às suas próprias necessidades."
Página 84.

Vou folear esse capítulo, mas vejamos o que ele nos trouxe como via de finalização do post.
Gostei do si mesmo, pois me trouxe pela segunda vez o marcador do de si em si.
Gostei também, pois mantém aberta a questão do espelho. Do quanto cada um, em estar preocupado com o espelho, esquece de observar a madeira de que é feito. Madeira? Dizem que é barro. Do Húmus, que veio a ser Humano ...
Mas isso é papo para outro post.

Esse vai para o Miguel, que virou anjo.
Em seu dia terreno, de seus anos de viver.
Hoje, 88.
Quanta infinitude!

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